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 Paul van Dyk : Era Digital

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Danilo Alberto

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MensagemAssunto: Paul van Dyk : Era Digital   Paul van Dyk : Era Digital I_icon_minitimeDom Mar 23, 2008 6:55 pm

Paul van Dyk : Era Digital Art_pvd_digital_g
por Natalie Bovino

22/01/2008

Em entrevista ao site da Apple, Paul van Dyk, um dos maiores artistas da música eletrônica, revelou alguns de seus segredos de produção e como os equipamentos da Apple fazem parte do seu dia-a-dia de DJ e produtor. Além de conhecermos um pouco mais sobre a forma de tocar e produzir de PvD, a matéria se torna mais interessante ainda ao revelar ao público algumas opiniões do artista a respeito de seu atual ecletismo.


Paul van Dyk : Era Digital


Poucos DJs conseguem eletrificar uma platéia como Paul van Dyk. Toda essa conexão foi originalmente analógica – todos os seus grooves eram talhados em algumas toneladas de vinis. Mas por quase três anos já, van Dyk tem sido estritamente digital. Hoje, ele cria os seus sets em um par de MacBooks Pro usando Logic Studio e Ableton Live. De fato, talvez não seja tão apropriado chamá-lo mais de “DJ”. Van Dyk elabora sua própria música em tempo real, como qualquer músico ao vivo. Ele utiliza de seu sexto sentido de pista de dança e de suas habilidades como produtor renomado para criar novas faixas em cada performance.

“A mesma paixão que possuo por criar músicas eu desenvolvi também por ser DJ durante os últimos 15 anos,” ele conta. “É o máximo ser capaz de combinar os dois. Eu posso usar as minhas habilidades de produção assim como minhas habilidades de DJ para criar coisas novas ao vivo. Toda essa experiência ao tocar é muito mais intensa, pois ela se enquadra na atmosfera do momento, do set, do local, e da platéia.”

É claro, van Dyk é um famoso produtor. Ele é considerado um dos pioneiros da electronic dance music. Suas músicas estouraram nos dance charts, atingiram até os pop charts e invadiram inclusive trilhas sonoras de videogames. Ele fez remixes para Depeche Mode, Justin Timberlake, Britney Spears e muitos outros. Hoje em dia, ele produz todas as suas músicas com Macs rodando Logic Studio e Ableton Live. “Desde quando eu basicamente iniciei a produzir música, eu tenho trabalhado com Macs,” afirma. “Eles estão no estúdio assim como na estrada. Eu sempre tenho os meus Macs comigo. Eles são uma parte essencial na minha música.”

No laboratório

Quando não está na estrada, Paul van Dyk trabalha suas faixas em seu estúdio em Berlin. O laboratório de música eletrônica é composto por antigos equipamentos analógicos e os últimos Macs rodando o Logic Studio. O Logic Pro 8 é o coração de todo esse conjunto. O aplicativo é a sua página em branco, estúdio de gravação, mixer e processador de efeitos todos em um só. Ele também funciona bem com o "legacy gear" que van Dyk tem usado todos esses anos. "Minha produção musical começa no Logic," afirma. "Eu normalmente defino uma velocidade, depois pego um "drum loop" legal para conseguir um ritmo. Então eu jogo uns acordes ou um bassline ou algum piano - coisas assim. Quando eu sinto que a idéia da música está aparecendo, e eu posso sentí-la, eu a faço florescer apropriadamente e faço uma programação de drums e uma sequência de bassline melhor".

Van Dyk pega sons da biblioteca do Logic Studio e grava acordes dos seus antigos equipamentos. "A maior parte das coisas não são samples," ele afirma. "É como um sintetizador refinado. No Logic eu uso ES1, ES2, EVP88, desse tipo". Grandes instrumentos são importantes, mas achar os certos é a chave. Mais uma vez, Logic Studio tem a solução. "Ele fornece um ambiente perfeito para se localizar um som adequado," diz. "É ótimo o modo como você pode mergulhar dentro dos sintetizadores, carregar aqueles diferentes tipos de ressonâncias e olhar através da biblioteca para achar exatamente o que você precisa. E a partir do momento que você encontra o que está procurando, existem milhares de possibilidades de produzir um único som. Você pode usar filtros - colocar um gate neles ou usar o envelope ou compressão para deixá-lo nítido e o destacar diante do que mais estiver rolando."

O Logic dá ao produtor a flexibilidade que ele necessita para fazer sua música criar vida. "Essa é a coisa legal do Logic," diz van Dyk. "Você pode facilitar pra você mesmo e usar todos os presets e configurações, ou você pode ir mais a fundo e criar algo que soa único e especial. É flexível e você pode usá-lo para fazer exatamente o que você quiser."

Remixando em tempo real

Geralmente, o processo de produção musical de van Dyk sempre foi um mistério para os seus fãs, até o momento em que ele colocou o seu estúdio no palco. Na turnê de seu último álbum, “In Between”, o produtor tem usado dois MacBooks Pro de 17 polegadas rodando o Logic Studio e o Ableton Live. “Um computador é para a biblioteca de áudio, o outro é onde os softwares sintetizadores estão sequenciados”, ele afirma. “Os computadores estão conectados por uma interface e por um mixer Allen & Heath 3D, o qual também é um controlador de MIDI. Eu tenho 19 softwares de synths instalados e dois teclados MIDI, então eu toco bastante coisa ao vivo. Eu também tenho um controlador UC-33, um controlador Akai e outros com os quais eu posso tocar quando estou lá em cima. Com todas essas coisas eu sou capaz de fazer coisas bem malucas.”

Van Dyk cria remixes de suas faixas essencialmente ao vivo, adaptando-os de acordo com a vibe do momento. “Eu poderia tocar o seu som favorito e ele soar completamente diferente – bassline diferente, drums diferentes,” ele afirma, “mas ele iria soar muito melhor naquela hora particular do set”.

Novos remixes muitas vezes nascem a partir daquela intensidade espontânea. “Alguns dos remixes que fiz nos últimos anos são basicamente provenientes das vezes em que toquei uma certa faixa ao vivo”, ele diz. “E aí eu refazia no estúdio exatamente o que fazia ao vivo e então surgia o remix. A performance ao vivo influenciando o trabalho de produção e vice-versa. Quando você vai ao estúdio produzir um remix você pensa bastante sobre isso. Quando você o cria em frente ao público, ele é parte do set, um dos elementos da jornada. Você na verdade nem pensa muito sobre isso, você é apenas influenciado pela vibe. Você pode chegar a fazer coisas que você nunca conseguiria [no estúdio], pois você já está no ritmo. É muito inspirador.”

É uma grande distância para os dias de vinil. “Eu sou tão ocupado enquanto toco agora,” afirma van Dyk. “Outro dia eu estava imaginando - o que eu realmente fazia enquanto o disco tocava? Esperar por 8 minutos para mixar a próxima faixa? Que coisa chata!”

Um conflito atrativo

Van Dyk está sempre procurando por um desafio. Ultimamente, isso significa trabalhar com superestrelas pop a fim de criar remixes intrigantes que apelam tanto para os seus fãs mais assíduos como para as massas. “Fazer um remix na escala de Depeche Mode, Justin Timberlake, Britney Spears, é uma coisa difícil,” afirma. “O fato é que os fãs de Justin Timberlake não estarão necessariamente gostando dos elementos que estou colocando no meu remix. Da mesma forma, os meus fãs também não estarão muito entusiasmados acerca dos sons que vêm da música de Justin Timberlake, pois eles não estão acostumados com isso. O que você está tentando fazer é combinar esses dois mundos para entrar num acordo que não é exatamente um acordo. É um verdadeiro desafio, mas eu me diverti com isso tremendamente.”

O produtor recentemente remixou o single dos The Wombats “Moving to New York”. À primeira vista parece como um improvável conflito de gêneros musicais. Mas van Dyk foi arrebatado pelo som da banda. “É muito complicado traduzir o que os The Wombats fazem dentro da minha esfera musical,” afirma. “Foi um dos maiores desafios que eu já encarei em termos de produzir um remix, mas eu realmente queria fazê-lo pois eu gosto muito dessa banda”.

Para van Dyk, remixar é praticamente fundir diferentes estilos musicais a fim de se criar sons instigantes. É um processo que inspira produtores e artistas em todos os gêneros. “Você sempre tem pessoas que são abertas e interessadas em coisas novas, e igualmente é inspirado por elas,” ele conta. “E se você reparar nos últimos 2-3 anos, muitos artistas pop começaram a introduzir em suas produções sons que tradicionalmente se originam no meu campo musical. As pessoas se dão conta de que existe tanto potencial para se ser criativo com música eletrônica - eu acho isso fantástico”.

Fast Foward

A turnê “In Between” de van Dyk ainda está rolando forte e ele não tem planos de abandonar a sua agenda de festas. Todavia, ele já planejou fazer quatro novas músicas durante todo o caos. “Eu não tenho ainda o preparo mental de voltar e fazer um álbum inteiro, mas eu já estou aparecendo com novas faixas. Meus Macs e meu live setup me permitem explorar coisas novas enquanto estou em turnê e isso significa que posso produzir mais músicas. Quanto eu voltar para o meu estúdio em Berlin, eu terei muito no que trabalhar.”

Ele também terá muito no que trabalhar quando estiver no palco. O live setup do músico continua a expandir, lhe dando cada vez mais flexibilidade e um grau mais alto de liberdade de criação. “Está sempre mudando”, ele afirma. “Para ser honesto, se você tivesse me perguntado cinco anos atrás se eu estaria em um palco com computadores e softwares sintetizadores, tocando ao vivo com um mixer customizado e um mapeador de MIDI e todas essas coisas, eu provavelmente diria que não. Nós conseguimos cada vez mais melhores softwares e ferramentas. O futuro da música eletrônica é muito motivador para mim e os meus Macs farão parte disso.”

Studio Time

Paul van Dyk não foi sempre um produtor. “Eu tive a chance de trabalhar em estúdio por volta do final de ’91”, ele conta. “Eu não conhecia muito da coisa toda, mas eu tinha uma idéia muito clara de como a minha música deveria ser. Eu percebi que a fim de fazer a minha música eu realmente deveria aprender tudo sobre produção de música eletrônica. Não me satisfaz sentar na cadeira e dizer ‘é, parece bom’. Eu realmente queria saber como as coisas funcionam. Eu aprendi muito com os meus co-produtores e muito da segunda metade do meu segundo álbum (Seven Ways) foi de quando eu estava realmente me aprofundando em produzir minhas próprias coisas.

White Lies

O hit de van Dyk “White Lies” foi o produto de uma colaboração inter-gêneros. “Para ‘White Lies’ eu trabalhei com Jessica Sutta dos Pussy Cat Dolls. Eu tinha a faixa pronta, mas eu estava à procura de uns vocais sexys. Eu tentava pensar em alguém que poderia trazer isso à tona e eu sabia que Jessica conhecia tudo de música eletrônica. Ela estava a apenas um telefonema. Eu fui para Hartford – Connecticut para gravar os vocais e a música estava pronta pra sair.”

Equipamentos:

Hardware - Software

MacBook Pro
Mac Pro (Estúdio)
Logic Studio
Ableton Live
Spectrasonics

Controladores (Live)

Euphonix EuCon Console
Allen & Heath 3D Mixer
Evolution UC33e USB MIDI Controller
Akai MIDI controllers

Hardwares (Estúdio)

Roland Juno 60
Roland Juno 106
Roland TR-808
Roland TR-909
Roland TB-303


Matéria original:
http://www.apple.com/pro/profiles/paulvandyk/?sr=hotnews
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